Tesouro Nacional: o que é, como funciona, e vantagens de investir em títulos públicos
Você sabe o que é Tesouro Nacional?
Se você pensou em Tesouro Direto, está no caminho certo.
Mas é importante destacar que Tesouro Nacional e Tesouro Direto não são a mesma coisa.
A Secretaria do Tesouro Nacional é o órgão central de administração financeira e contabilidade do Governo Federal. Na prática, este órgão funciona como o “caixa” do Brasil, arrecadando e disponibilizando recursos para viabilizar os projetos de políticas públicas.
O Tesouro Direto, por sua vez, se trata de um programa criado pelo Tesouro Nacional para financiar dívidas públicas por meio da emissão de títulos públicos.
Isso porque os títulos públicos emitidos pelo programa do Tesouro Nacional podem ser muito atrativos para os investidores iniciantes, já que podem ser mais seguros e oferecer maior rentabilidade e acessibilidade em comparação com outras aplicações.
Para saber mais sobre o que é Tesouro Nacional, como funciona e quais são as vantagens desse tipo de investimento, continue a leitura!
- O que é Tesouro Nacional?
- Como funcionam os investimentos no Tesouro Nacional?
- Tesouro Direto
- Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
- Tesouro IPCA+ Juros Semestrais (NTN-B)
- Tesouro Prefixado (LTN)
- Tesouro Prefixado Juros Semestrais (NTN-F)
- Tesouro Selic
- Dealers
- Quais são as vantagens em investir no Tesouro Nacional?
O que é Tesouro Nacional?
A Secretaria do Tesouro Nacional, mais comumente conhecida como Tesouro Nacional apenas, é o órgão central de administração financeira e contabilidade do Governo Federal.
Seu funcionamento não está distante da nossa realidade.
Nós trabalhamos para arrecadar dinheiro e pagar nossas despesas, certo? O Governo Federal também funciona da mesma forma. Contudo, quem controla isso é o Tesouro Nacional, a contabilidade do Brasil, que está sob responsabilidade do Ministério da Economia.
O Tesouro Nacional funciona como o caixa do Brasil, controlando as entradas e saídas de recursos.
As entradas de recursos para o Governo Federal você já conhece bem, como:
- Taxas;
- Impostos;
- Aluguéis e venda de bens;
- Prestação de serviços;
- Recebimento de indenizações.
Essas entradas no Tesouro Nacional precisam ser o suficiente para cobrir as despesas do governo, como:
- Educação;
- Transporte;
- Saúde;
- Segurança;
- Funcionários públicos;
- Prestação de serviços.
Além de arrecadar e disponibilizar recursos para viabilizar a execução de políticas públicas, o Tesouro Nacional também monitora a situação das contas públicas e emite relatórios informativos sobre receitas e despesas de cada município brasileiro, visando sempre o equilíbrio fiscal do país.
No entanto, como todo caixa, nem sempre é possível recolher recursos o suficiente para bancar as despesas. Isto é, às vezes, a conta não fecha, e o governo fica no vermelho.
A partir daí, se a arrecadação prevista for realmente inferior às despesas, o Tesouro Nacional recorre à emissão de títulos públicos federais, como uma ferramenta de empréstimo para conseguir os recursos necessários para cobrir as despesas, que podem ser adquiridos por quaisquer investidores.
Como funcionam os investimentos no Tesouro Nacional?
Para cobrir as dívidas públicas e manter o equilíbrio fiscal do país, o Tesouro Nacional emite títulos públicos através do Tesouro Direto e pelos Dealers.
Entenda como esses investimentos funcionam:
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa criado pelo Governo Federal em 2002 que permite pessoas físicas a comprarem títulos públicos federais.
As regras para investir no Tesouro Direto são:
- O valor inicial mínimo para investimento é de R $30, e o máximo é de R $1 milhão por mês.
- O investidor não é obrigado a comprar um título inteiro.
- A fração mínima para aplicação é de 1% do total do valor do título.
Ao adquirir os títulos, o investidor também obtém a garantia de recompra.
Mas o que isso significa?
Os títulos públicos possuem uma data de vencimento, ou seja, ao atingir essa data, o governo deve devolver o dinheiro do investimento somado aos juros para o credor. Apesar disso, caso o investidor não queira aguardar a data de vencimento, o governo compra esse título da pessoa física novamente. Esta é a garantia de recompra. No entanto, o saque antecipado pode gerar perdas.
Veja, a seguir, quais são os títulos do Tesouro Nacional, pelo Tesouro Direto:
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
Este título possui a rentabilidade atrelada ao percentual de juros ao ano somada à variação do IPCA, ou seja, do índice de inflação e possui pagamento de juros antecipados.
Tesouro IPCA+ Juros Semestrais (NTN-B)
Similar ao título anterior, porém o pagamento de juros antecipados deste título acontece a cada seis meses.
Tesouro Prefixado (LTN)
O rendimento desse título do Tesouro Nacional é prefixado. Isso quer dizer que, ao aplicar, o investidor já sabe qual será seu rendimento até a data de vencimento.
Tesouro Prefixado Juros Semestrais (NTN-F)
Este título possui uma data de vencimento em relação ao anterior, e seus juros são pagos a cada seis meses.
Tesouro Selic
Como você deve imaginar, o Tesouro Selic está ligado à Taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
Como a taxa Selic não é uma taxa fixa, este título é pós-fixado.
A aplicação mínima também varia, mas não se distancia dos R$30 mencionados anteriormente.
Dealers
Se o Tesouro Direto é destinado a investidores pessoas físicas, os dealers são direcionados às pessoas jurídicas.
Os dealers são instituições financeiras e corretoras de valores credenciadas no Tesouro Nacional que oferecem a possibilidade de comprar títulos públicos federais, para elevar o desenvolvimento dos mercados primário e secundário.
Portanto, nós, pessoas físicas, só podemos investir em títulos públicos por meio do Tesouro Direto.
Quais são as vantagens em investir no Tesouro Nacional?
Agora, de fato, você irá entender porque os títulos do Tesouro Nacional podem ser tão atrativos para o investidor iniciante.
Todas as compras e vendas de títulos podem ser feitas digitalmente pelo site do Tesouro Direto, ou pela plataforma da corretora de valores de sua escolha, sem precisar sair da comodidade do seu lar.
Além disso, os títulos públicos federais são garantidos pelo Tesouro Nacional, por isso, o risco de calote é muito baixo.
Com relação à rentabilidade, o Tesouro Nacional agrada gregos e troianos, pois oferece diferentes tipos de rentabilidade. E para começar a investir, não precisa de muito. Com R$30 já é possível iniciar uma aplicação no Tesouro Nacional, o que o torna mais acessível que outros investimentos.
Mesmo diante dessas vantagens é preciso entender ainda os seguintes pontos antes de começar a investir:
- Qual é o seu perfil de investidor?
Existem três perfis de investidores: conservador, moderado e agressivo/arrojado.
Entender qual é o perfil mais aderente aos seus objetivos pode te ajudar a guiar as escolhas das aplicações mais compatíveis com suas metas, levando em consideração sua flexibilidade com riscos e expectativas.
Dessa forma, você poderá compreender se as vantagens dos investimentos em Tesouro Nacional realmente estão alinhadas com aquilo que você espera.
- Qual é o objetivo deste investimento?
Como você pôde perceber, os títulos do Tesouro Nacional possuem rendimentos e prazos diferentes e versáteis.
Para que as vantagens do Tesouro Nacional sejam aplicadas a você, é necessário entender, exatamente qual o objetivo do seu investimento, seja para construir sua reserva de emergência, ou para investir a longo prazo, por exemplo.
Dessa forma, você poderá aplicar seus recursos de maneira mais consciente e segura, desfrutando dos rendimentos do seu investimento da maneira certa.